Planaltina Iluminada: O Encontro com Paulo Octavio e os Novos Horizontes da Cidade Histórica

Na última semana, o light designer e ativista cultural Rene Louis Pic, acompanhado por membros da Academia Popular do Cerrado, participou de uma reunião significativa com o empresário Paulo Octavio — uma das figuras mais emblemáticas da construção civil e do desenvolvimento urbano no Distrito Federal. O encontro foi muito mais do que uma pauta técnica: foi um momento de escuta, reflexão e troca de visões sobre o futuro de Planaltina-DF, cidade histórica que carrega em seu solo as raízes da própria capital.

Planaltina não é apenas um ponto geográfico no mapa. É território de memória, de fé e de ancestralidade. Com suas igrejas centenárias, ruas de pedra e comunidades vibrantes, a cidade foi um dos primeiros palcos da saga que culminaria na construção de Brasília. Ainda assim, ao longo das décadas, foi sendo empurrada para as margens do progresso. Mas há quem olhe para Planaltina não como passado, e sim como potência.

Durante a conversa com Paulo Octavio, os membros da Academia e Rene Louis Pic destacaram a importância da construção de um shopping center na cidade — não como uma simples estrutura comercial, mas como um instrumento de desenvolvimento humano. Um espaço que gere empregos, fomente o comércio local, promova o lazer e seja ponto de encontro entre culturas e gerações. Um lugar onde Planaltina possa se ver e se reconhecer.

Mas o diálogo não parou na modernidade. Olhou também para trás — para aquilo que faz de Planaltina um lugar único: seu patrimônio histórico. Rene fez questão de reforçar a necessidade urgente de ações concretas para preservar e revitalizar os bens culturais da cidade. E encontrou em Paulo Octavio um parceiro atento e sensível à causa. O empresário, cuja trajetória é marcada por iniciativas que aliam desenvolvimento e memória, mostrou disposição em contribuir com a preservação do legado arquitetônico e simbólico da cidade.

Como light designer e artista urbano, Rene trouxe à mesa uma visão ainda mais profunda: a de iluminar Planaltina — não apenas com luzes físicas, mas com cor, arte e sentido. Iluminar as praças, valorizar as fachadas históricas, pintar os muros com poesia visual. Trazer à superfície as histórias que estão escondidas nos becos e esquinas da cidade. A luz, nesse caso, é também uma forma de resistência, de pertencimento, de vida.

Planaltina precisa ser vista — e para ser vista, precisa brilhar. A proposta de Rene é clara: transformar a cidade em um grande painel vivo, onde o passado é honrado, o presente é vivido com dignidade, e o futuro é desenhado com beleza e afeto.

Esse encontro entre agentes culturais, lideranças comunitárias e empreendedores mostra que, quando há diálogo verdadeiro, os muros se tornam pontes. E que, com sensibilidade e compromisso, é possível construir um novo tempo — onde progresso e memória caminham lado a lado.

Planaltina não é coadjuvante da capital. Ela é protagonista de sua própria história. E agora, mais do que nunca, merece ser celebrada, preservada e iluminada.

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