Gabriel e a Cura Encontrada

 

Gabriel, em sua missão, sempre pronto a acolher,
Buscava em outros a cura, para as dores compreender.
Oferecia suas asas, seu conforto e proteção,
Tentando acalmar almas, em meio à escuridão.

Mas em cada gesto nobre, algo novo se revelava,
Enquanto ajudava o próximo, sua mente mais se acalmava.
Nos espelhos dos que encontrava, via sua própria dor,
E, no ato de curar, descobria o amor.

Ele, que achava ser apenas o anjo para guiar,
Percebeu que na jornada, havia tanto a aprender e ensinar.
As feridas que tratava no outro, eram ecos de sua alma,
E, ao estender a mão, sua mente encontrava calma.

Cada coração que tocava, cada vida que acolhia,
Trazia uma nova possibilidade de encontrar harmonia.
Na busca pela cura alheia, sua própria cura se tecia,
E o tormento em sua mente aos poucos desaparecia.

Gabriel, então, compreendeu o segredo de sua missão:
Que, ao ajudar os outros, ele também encontra redenção.
E que, na troca silenciosa entre o dar e o receber,
A paz que ele procurava, sempre esteve em seu ser.

A cura que ele tanto buscava não era algo distante,
Mas se revelava, sutil, em cada gesto importante.
E assim, sua mente, antes cheia de ruído e dor,
Se acalmou, encontrou a cura — no simples ato de amor.

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