Há artistas que pintam com tinta, outros com som — e há os que esculpem com luz. Rene Louis Pic, engenheiro elétrico e light designer francês, é desses últimos: um artesão da claridade, um escultor do efêmero. Radicado há mais de 30 anos no coração do Brasil, ele carrega em si o rigor da engenharia europeia e a leveza poética de quem se deixou tocar pela vastidão do Cerrado e pela arquitetura utópica de Brasília.
Neste novo projeto, Rene escolhe um dos pontos mais emblemáticos da capital para criar um gesto artístico de grande potência visual e simbólica: o Centro Cultural Banco do Brasil. Ali, entre colunas, curvas e concreto, ele irá instalar canhões de luz da marca italiana Proetta, ferramentas de alta performance capazes de transformar fachadas em telas dinâmicas e o espaço público em pura vibração sensorial.
Mas Rene não ilumina apenas por iluminar. Seu olhar vai além da técnica. Ele entende a luz como linguagem, como instrumento de revelação. Para ele, cada raio é uma pincelada, cada feixe é uma frase não dita. Ao atravessar o espaço com luz, ele também atravessa o tempo, despertando memórias, percepções e estados de presença. Não se trata apenas de ver — trata-se de sentir, de se deixar atravessar.
“A luz, para mim, é matéria viva. Ela tem humor, tem presença. Ela toca. Ela fala. E às vezes, ela até sussurra coisas que a gente não sabia que precisava ouvir”, diz Rene, com um sorriso discreto e um brilho nos olhos de quem vive entre cálculos e sonhos.
A proposta é ambiciosa e delicada ao mesmo tempo. Transformar o CCBB em uma espécie de organismo de luz, onde arquitetura, natureza e arte dialogam numa coreografia silenciosa. Não haverá trilha sonora, nem locução.
O que haverá será presença. A presença da luz que muda a cada segundo. Que respira. Que acompanha o ritmo do vento, do olhar do público, da cidade ao redor.
Proetta: tecnologia italiana a serviço da poesia luminosa
Para dar forma a essa visão, Rene escolheu os projetores da renomada marca italiana Proietta. Conhecidos por sua excelência em design óptico e engenharia de precisão, esses equipamentos representam o que há de mais avançado no universo da iluminação cênica e arquitetural.
Mais que ferramentas, os Proietta são instrumentos de criação sensível, capazes de expressar nuances e intenções com altíssima fidelidade. Rene descreve essa escolha com clareza:
“Eles me dão o controle exato da luz como se eu estivesse desenhando com um pincel invisível. A qualidade do feixe, a definição das bordas, a temperatura das cores — tudo pode ser orquestrado com uma sensibilidade quase musical.”
Entre as especificações técnicas que tornam os projetores Proetta ideais para este projeto, destacam-se:
Alto índice de reprodução cromática (IRC acima de 90) – para cores intensas e naturais;
Foco ajustável e lentes intercambiáveis – permitindo precisão milimétrica na modelagem da luz;
Controle remoto via DMX e ArtNet – integração total com sistemas automatizados;
Corpo em alumínio anodizado com proteção IP65 – robustez e resistência às intempéries;
Sistema silencioso e baixo consumo energético – unindo sustentabilidade e performance.
Essa tecnologia de ponta permite que a luz se manifeste com pureza, respeito ao espaço e delicadeza. É o encontro entre a tradição do design italiano e a sensibilidade artística de Rene, onde cada elemento da cidade é valorizado — não com excesso, mas com intenção.
Brasília como tela e matéria-prima
A escolha de Brasília não é coincidência. A capital, com seus horizontes abertos e geometrias modernistas, oferece o palco ideal para essa experiência sensorial. Rene vê na cidade não apenas um lugar, mas uma linguagem. A arquitetura de Niemeyer, os vazios poéticos entre os prédios, o céu que parece não ter fim — tudo isso compõe a partitura silenciosa sobre a qual sua luz vai dançar.
Desde que chegou ao Brasil nos anos 1990, Rene vem explorando essa relação entre a luz e o espaço urbano. Criou intervenções em prédios públicos, eventos artísticos, espetáculos e projetos colaborativos, sempre com a intenção de despertar encantamento através do olhar. Ele não usa a luz como decoração, mas como ponte entre o visível e o invisível — como um convite à contemplação.
“Aqui, a luz tem espaço para existir. Ela não compete. Ela respira junto com a cidade.”
Um convite ao encantamento urbano
A intervenção no CCBB não será apenas um show de luzes. Será uma experiência poética, uma arquitetura efêmera que só existe no instante do olhar. A cada noite, o edifício se transformará em algo novo — reescrito em luz. Não se trata de surpreender, mas de provocar delicadamente a atenção. De trazer de volta o espanto, o silêncio interior, a beleza que anda esquecida na pressa dos dias.
Quando as luzes se acenderem no CCBB, não será apenas um edifício iluminado.
Será a revelação de uma nova cartografia sensível.
Uma geografia de brilhos e respiros, onde o tempo desacelera e o olhar reaprende a ver.Porque a luz de Rene não é só técnica — é gesto.
É poesia em estado luminoso.
É arte feita para ser sentida na pele, nos olhos, na alma.E, enquanto houver noites,
enquanto houver olhares dispostos a se encantar,
a luz de Rene Louis Pic continuará a dançar sobre a cidade.
Um comentário sobre “A dança da luz com projetores Proietta: Rene Louis Pic transforma o CCBB em arte viva”
Sensacional!